Estudos revelam que no Brasil muitas crianças são diagnosticadas erroneamente como TDA-H (Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade) quando na verdade possuem um déficit no processamento auditivo central.
O DPAC (Déficit de Processamento Auditivo
Central) também chamado de Disfunção Auditiva Central ou Transtorno do Processamento Auditivo, é um Distúrbio que dificulta a análise e ou interpretação dos sons. Seu impacto é muito negativo
para a aquisição da linguagem, desenvolvimento de habilidades sociais e
desempenho escolar.
Causas
As causas mais comuns do DPAC são:
– Origem genética;
– Lesões cerebrais
por anóxia ou traumatismo craniano;
– Presença de outros distúrbios
neurológicos;
– Atraso maturacional das vias auditivas do Sistema Nervoso
Central;
– Envelhecimento natural do cérebro.
Principais Sintomas:
– Presença de zumbidos ou alucinações auditivas;
– Dificuldade
para ouvir em ambientes ruidosos;
– Dificuldade em acompanhar informações
auditivas complexas e em localizar fontes sonoras;
– Falta de interesse
por música;
– Extrema desatenção auditiva.
Particularmente em crianças o
DPAC se manifesta através de dificuldades de concentração, memorização,
aprendizagem, leitura, escrita e também pela troca de fonemas.
Como e quando diagnosticar?
A idade mínima para tal diagnóstico é a partir dos quatro anos, e estes
exames são realizados pelo próprio profissional fonoaudiólogo, com ou
sem o uso de cabine acústica (o que depende da especificidade de cada
caso), porém, ainda não são muito comuns e não costumam fazer parte da
rotina dos hospitais públicos brasileiros. Apenas alguns convênios
particulares cobrem tais procedimentos.
O desenvolvimento completo do processamento auditivo central ocorrerá aos oito anos de idade, sendo assim, diagnósticos realizados antes deste período podem ser questionáveis.
Como ajudar?
Dicas para pais e professores para ajudar no desenvolvimento das crianças com DPAC (orientações retiradas do site http://www.adap.org.br):
indivíduo com DPAC em sala de aula, isto é, de modo a permitir a
completa visualização do rosto do professor;
mental antes do esperado. O descanso mental significa uma atividade
motora, como subir e descer escadas;
curtas, dando uma ideia por vez. Ex.: Abra o estojo. Procure o lápis
preto. Pegue o lápis preto;
compreendeu as solicitações, pedindo-a para repetir o que foi dito.
Falar alto quando precisar chama-la;